segunda-feira, 2 de junho de 2008

"A história é um tanto quanto sensacionalista"...

Queridos amigos,

Dois dias depois do fato que mexeu com a sociedade e as autoridades, o Presisente do Clube de Cabos e Soldados da PM, tenente Jorge Lobão, solta essa pérola. Parece até que o Rio de Janeiro vive na paz e na tranqüilidade, não há violência, não existem policiais corruptos...

Será que Lobão esqueceu que 78 comunidades cariocas são dominadas por milícia? Ele também esqueceu que esse tipo de crime organizado é formado por bandidos que fazem parte do sistema de segurança do estado.

Acorda Seu Lobão!

"A história é um tanto quanto sensacionalista"...

Esse é o questionamento do Presidente do Clube de Cabos e Soldados da PM, tenente Jorge Lobão, ao se referir a reportegem-denúncia publicada no jornal O Dia, ontem. Nesta segunda-feira, Lobão disse que o anonimato das vítimas que foram torturadas por milicianos há duas semanas, na favela do Batan, em Realengo e a falta de provas enfraquecem o relato dos jornalistas:

"A manutenção do anonimato das vítimas e a falta de provas cabais que determinem a existência de crime e sua autoria, como por exemplo, o exame de corpo de delito, são pontos que fragilizam a versão de que uma equipe de reportagem teria sido seqüestrada e torturada em uma comunidade da Zona Oeste do Rio, por policiais, supostamente ligados a grupos milicianos".


Jorge Lobão defende a apuração rigorosa dos fatos, mas considera a história um tanto quanto "sensacionalista" e até mesmo fantasiosa:

"Me parece uma peça de dramaturgia. As acusações são sérias, o crime de muita gravidade, mas a sociedade não conhece as vítimas e não existem provas determinantes, segundo declarações do próprio secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame", disse Lobão.

Para Lobão, nestes casos, as providências deveriam ter sido o registro da ocorrência policial e o exame de corpo delito no Instituto Médico Legal para que os criminosos possam ser condenados. O presidente do Clube de Cabos e Soldados disse ainda que vai aguardar as próximas 72 horas para que sejam apresentadas as provas dos fatos, e que a partir daí, pretende acionar o veículo de comunicação denunciante por danos morais contra a PM.

"As denuncias até o momento atingem a policia militar, uma instituição secular que tem a missão de combater o crime, proteger e defender o cidadão. A história como está sendo contada, arranha a imagem da corporação", afirmou Lobão que prosseguiu dizendo. "As reportagens feitas sobre o caso até agora fazem questão de afirmar que o crime foi cometido por policiais", lembrou.

Ora Seu Lobão, com todo respeito, mas os próprios bandidos faziam questão de afirmar às vítimas, que eram agentes da lei. Tenente, estamos tratando de paramilitares.

Lobão também questiona a demora da equipe de O Dia para tornar o fato público... Meu Deus, depois dessa não há mais o que comentar.


P.S. Se a história realmente for "um tanto quanto sensacionalista", isso não muda em nada a questão da criminalidade envolvendo milícia.


Repúdio à tortura

Protesto lembra morte de Tim Lopes e repudia tortura à repórteres do jornal O Dia.

O sindicato de jornalistas profissionais do Rio e a Federação Nacional de jornalistas promoveram uma manifestação nesta segunda-feira, em frente a Câmara dos Vereadores, na Cinelândia. A ação foi um ato de repúdio ao seqüestro e à tortura sofrida por uma equipe do Jornal O DIA, na favela do Batan, em Realengo, há duas semanas. O protesto também lembrou os seis anos da morte do jornalista Tim Lopes, da TV Globo, que foi assassinado por traficantes quando fazia uma reportagem investigativa na favela Vila Cruzeiro, no complexo da Penha, na zona norte da cidade.


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1 comentário

Claudio Nascimento disse...

O que houve... não atualiza desde segunda-feira??? hehehe

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